domingo, 6 de janeiro de 2013

Uma homenagem ao meu avô materno ♥

Hoje, no Dia de Reis, faz 3 anos que partiste. Logo neste dia que tu davas tanta importância. 2010 foi definitivamente um ano para esquecer, começou em Janeiro com o meu avô e acabou em Dezembro com o meu padrinho.

Nós não tínhamos as maiores proximidades, estávamos juntos uma a duas vezes por ano e não vou dizer que era a relação mais íntima de sempre entre um avô e uma neta mas claro que doeu e dói na mesma. Doeu principalmente pela imprevisibilidade e rapidez com que tudo aconteceu. A família já estava fragilizada com a doença do meu padrinho, novo ano, renova-se a esperança mas com uma pancada destas foi uma fase em que a luz teimava em não aparecer ao final do túnel. Logo tu avô que conseguiste vencer a luta contra o cancro e foste falecer de coração.

Estas duas perdas familiares só me fazem questionar se é mais fácil perder alguém de doença prolongada ou repentinamente. Será que existe algo de mais fácil no meio de tanta angústia e saudade? É que por um lado é pior para a pessoa ser vítima de uma situação que se arrasta no tempo e que resulta numa batalha por vencer e pode-se considerar uma morte menos dolorosa se acontecer num curto espaço de tempo e quase de forma imperceptível. Por outro lado, para quem fica é maior o choque de uma situação repentina. Existe sempre um choque é claro, mas quando perdemos alguém que sofreu tanto com uma doença e caímos em nós, percebemos que foi o melhor para ela. É um misto de alívio e compaixão, com saudade e egoísmo. O egoísmo de querermos ter quem mais gostamos por perto mas não nos podemos esquecer que o importante é o sofrimento da pessoa que amamos acabar e ela descansar em paz.

Alguém que já passou por situações semelhantes, pode esclarecer se acredita que exista uma situação mais fácil de lidar do que a outra? Talvez mas nenhuma delas é fácil. 

Fica aqui a lembrança da tua neta, um agradecimento especial pela dedicação e os votos de que descanses em paz e que olhes pelo bem-estar da nossa família.

Sem comentários:

Enviar um comentário