Foi precisamente há uma semana, no domingo passado que comecei a escrever um post dedicado ao único cão que até agora tive a viver comigo. Contudo, tendo em conta que chorava a cada frase que escrevia e que desenterrei muita tristeza do passado, optei por guardar o que escrevi para mim e censurar algumas partes e publicar outras. Isto porque a história da sua morte é mesmo muito triste e descritiva e porque não quero aprofundar tanta negatividade. Talvez um dia se sentir necessidade de desabafar esses pormenores o farei mas por enquanto quero apenas lembrá-lo aqui e fazer uma pequena homenagem ao meu animal fiel e brincalhão.
Na segunda-feira dia 3 fez sete anos do dia mais triste da minha vida, o dia em que o meu Neek morreu. Sete anos a partir dos quais o Natal perdeu toda a magia para mim. Foi o maior pesadelo da minha vida até hoje e das maiores perdas. Perdi mais do que um cão, um amigo, mais do que um amigo, um filho, um irmão, um pai. Filho por eu o proteger como tal, pai pelo instinto de protecção dele comigo e irmão porque era mesmo assim que ele era tratado cá em casa, como meu irmão e da minha irmã.
Cada pessoa que gosto faz parte de mim mas este cão significou mais do que muitas pessoas que já passaram pela minha vida. Pode parecer insensível mas custou-me mais perdê-lo do que alguns familiares. Que me perdoem esses familiares mas nós vivemos juntos durante quase 11 anos, ele acompanhou todo o meu processo de crescimento desde os meus 4 anos até aos meus 15. Ele ficava triste quando eu ficava, ele sentia a minha falta quando eu me ausentava, ele corria com felicidade para mim quando me via ao longe e enchia-me de lambidelas e ladrares histéricos, ele deu-me das maiores provas de amor que alguma vez recebi. Ele dormia no meu quarto na cama ao lado da minha e às vezes dormia na minha. Eu passava-lhe a mão no pelo para o acalmar quando tinha pesadelos e ele vinha para perto de mim quando me via chorar.
Eu já me questionei vezes sem conta sobre a razão pela qual os cães e os gatos têm uma vida tão mais curta do que a nossa. Já ouvi uma resposta e penso ser essa a certa ou pelo menos a que faz mais sentido a meu ver: nós levamos a vida inteira para aprender a amar cada pessoa genuinamente, enquanto eles já nascem amando incondicionalmente e dando a vida deles pelos que amam.
Não queria deixar de referir também que curiosamente na segunda-feira passada, além do significado desse dia para mim, apareceu mesmo à minha frente numa actualização do Facebook o testemunho da cantora Fiona Apple e foi impossível conter as lágrimas:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=249780211817079&set=o.301620866520716&type=1&theater
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=249780211817079&set=o.301620866520716&type=1&theater
Como te compreendo..
ResponderEliminaré muito triste e só quem os tem é que percebe... o tempo atenua a dor mas nunca a apaga totalmente
EliminarOra nem mais.. É exactamente igual a perder um familiar e é horrível como a maior parte das pessoas não o consegue compreender.
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
EliminarMesmo, por um lado, ainda bem que me compreendes. Por outro, não queria que já tivesses passado por isso mas infelizmente calha a todos os donos dedicados.
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