domingo, 4 de novembro de 2012

Eu Amo os meus gatos



Ando uma preguiçosa de primeira, este tempo chuvoso deixa-me muito pouco energética. Só apetece passar os dias em casa com a mantinha, com a televisão, com os gatinhos, a tomar uma bebida quente e a não fazer rigorosamente nada. Não é que não tenha coisas para fazer porque tenho e podia aproveitar o facto de andar com tanto tempo livre para me cultivar mais, ler livros, ver filmes, aprender mas é que nem isso tenho feito e vou contrariar esta tendência!

Acho que é por ter passado o Verão a trabalhar e não ter tido praticamente férias, que agora anda-me a saber tão bem descansar e ocupar-me do que mais gosto. Aquilo que mais me dá gozo é sem dúvida ter tempo para as pessoas que amo, para a minha família (gatinhos incluídos), para os meus amigos e para o meu namorado, todas elas maravilhosas. É passear, é rir, é cozinhar pratos de massa e doces como tanto gosto, é reflectir sobre a vida e aperceber-me da sorte que tenho com as pessoas que me rodeiam. Adoro aproveitar o meu tempo assim e faço intenção de assim continuar, o único aspecto que tenho de alterar é a maneira como tiro partido dos dias que passo em casa porque quero cultivar-me mais, ser mais activa e não me deixar afectar tanto por este estado de hibernação propício desta época do ano.

Afinal já há um mês que estou de "férias", isto é, somente com a faculdade. Agora é altura de começar a não dormir até tão tarde para aproveitar melhor os dias, fazer ainda mais coisas que me dão prazer, dedicar-me mais a mim e continuar a minha dedicação aos outros e claro cumprir também com os meus deveres de estudante. Bem, isto já vai uma grande introdução! O objectivo principal é mesmo falar sobre os meus gatinhos, como surgiram na minha vida, a relação que tenho com eles e como em pouco tempo comecei a amá-los tanto... hoje sou uma "gato-dependente"!



O do lado esquerdo é o Silk, surgiu na minha vida em Agosto do ano passado, uma amiga da minha irmã arranjou-o e veio com apenas 6 semanas cá para casa. Ele e os irmãos nasceram na rua e não tinham tecto nem o amor de pessoas. Eu nunca me identifiquei muito com gatos, para ser sincera, sempre olhei para eles como animais frios, distantes e independentes mas... mais uma vez a vida provou-me que estava enganada. São seres adoráveis, mais independentes e menos meigos que os cães, mais atrevidos e brincalhões, cativantes, mimados, carentes. Os animais, tais como as pessoas, moldam-se conforme as suas experiências de vida e consoante o modo como são tratadas. Ora, estes gatos criados com tanto amor, como podem ser frios e não serem adoráveis?




O  do lado direito, com os olhinhos mais abertos na primeira fotografia de todas, é o Mitzy. Foi recebido em minha casa no final de Janeiro deste ano. Foi oferecido pela mesma pessoa que nos deu o Silk e pensamos que ele tenha passado muitos meses abandonado, a avaliar pelo estado que ele chegou até nós. Os veterinários estimam que ele deve ser um ou dois meses mais velho que o Silk, tendo aproximadamente 8 meses quando foi acolhido. A verdade é que hoje ele está mais do que feliz connosco, habituado à casa e ambos parecem irmãos. Outra verdade é que no início não foi nada fácil, ele era muito medroso, vinha cheio de pulgas, sujo, magro, extremamente carente, assustado e com frio. Demos-lhe um banho (tarefa difícil para um gato), envolve-mo-lo num lençol e depois numa manta e demos-lhe muito carinho. No dia seguinte, fui com o meu pai ao veterinário para ele levar as vacinas e tomarmos as precauções necessárias.


O Silk era muito ciumento nos primeiros dias, hoje são inseparáveis. O que um faz o outro imita, passam os dias a brincarem, a dormirem juntos, a "beijarem-se". A sensação de cuidar de dois animais que podiam estar expostos ao frio e a perigos, que podiam ser atropelados ou mal-tratados enche-me o coração. Brincar diariamente com eles e mimá-los cada segundo, ver como eles são felizes torna-me numa pessoa mais realizada e feliz. As saudades que eu tinha de ter animais a viverem comigo, eu adoro animais e com eles a minha vida tem mais cor. Eles são puros e leais, reconhecem o que fazemos por eles e eu aceito-os tal como eles são. Como posso resistir a dois pares de olhos sinceros, que só transmitem meiguice, bem-estar e carência? Impossível. Amo encostar a minha cabeça à deles enquanto lhes faço festinhas e escutar o ronronar de conforto e satisfação.

O mais fascinante desta história é a vida ter-me ensinado uma vez mais a lição "nunca digas nunca", porque palavra que depois do desgosto que tivemos com a morte do meu cão e de termos passado quase seis anos sem animais, eu punha as mãos no fogo como os meus pais não queriam mais nenhum animal. Felizmente estava errada. Eles já são parte da família.

2 comentários:

  1. "Ando uma preguiçosa de primeira, este tempo chuvoso deixa-me muito pouco energética. Só apetece passar os dias em casa com a mantinha, com a televisão, com os gatinhos, a tomar uma bebida quente e a não fazer rigorosamente nada."

    Como eu te compreendo, ultimamente também não quero mais nada. Só mantas, gato, filmes, pipocas, chá e de preferência bem acompanhada :P

    ResponderEliminar
  2. =P pronto fico mais descansada por não ser a única preguiçosa ihih a sério que eu tenho feito um esforço mas há dias que não dá mesmo para fazer nada xD

    ResponderEliminar